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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Povo Contra Larry Flynt; vale a pena assistir

Liberdade de expressão é um anseio de várias gerações. As sementes democráticas vêm sendo lançadas desde a Grécia antiga e os filósofos/estudiosos ou radicais deram seu “sangue” para que essas pudessem germinar.  No Brasil a liberdade d expressão veio com a constituição do império, no entanto tal princípio constitucional desapareceu nos governos militares. Em 1948, a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos assegurou a "liberdade para transmitir informações e ideias por quaisquer meios independentemente de fronteiras", no entanto vários   líderes tenderam a cercear tal direito tendendo para o autoritarismo e sufocando quaisquer estado democrático.

A divergência entre ideia e direito de expressar-se pode ser o martírio que degradou diversas mentes brilhantes ao longo do tempo. As aflições/tormentos causados pelo cessar do pensamento ou ideia são muito bem expressadas no filme Americano “O Povo Contra Larry Flynt”. Este trás um excelente discurso acerca da democracia liberal. Dirigido pelo cineasta checo Milos Forman. Flynt, fora dos cinemas, é o fundador e principal editor da revista pornográfica Hustler.

Ao registra mulheres nuas e em posições imaginadas por muitos, Flynt consegue despertar a ira social conservadora regida a sua época. Processos, polêmica e a liberdade de expressão em pauta deliberam e divergem opiniões, afinal, onde é o fim dessa liberdade?

Com excelentes atuações e cenas incríveis o filme é um labor de força de vontade, determinação e luta no enfrentamento da defesa de seus ideais. A pornografia representada é sucumbida diante os belos diálogos orquestrados pelo Advogado Alan Isaacman (Edward Norton). As cenas gravadas no tribunal são brilhantes, as falas superinteressantes, repreendendo uma repressão insinuante e promovendo a democracia reinante. A película trás referências memoráveis. Como nos disse Voltaire, em sua máxima: “Não concordo com uma palavra do que você diz, mas lutarei até a morte pelo seu direito de dizê-las”. Isso nos remete a reflexão da máxima do filme. Será que o nú é realmente um atentado? Ou será um atentado discriminar o nú?

“O Povo contra Larry Flynt” é uma resposta as hipocrisias sociais, os argumentos da experiência fílmica provocam inerentes reflexões e a liberdade de expressão ganha um contexto esplêndido e lúdico em sua defesa.

Um dos momentos chave de toda a história compara a violência social e guerrilheira com uma bela mulher nua. Em um discurso emocionante Flynt  chama a atenção para o fato de que a violência, em nossa sociedade, é muito mais aceita do que a pornografia. Fotos de assassinatos e guerras estampam as primeiras páginas dos principais periódicos, mas os bicos dos seios de uma mulher não podem aparecer nas capas de revista. Qual a lógica? Pergunta Flynt.

O filme tem como referência os fatos ocorridos nos Estados Unidos, mas qualquer que seja a nação, se plantada em valores morais conservadores, poderia ter sido representada no assédio a liberdade contido na obra.


O retrato de universos distintos registrados na história revela à disparidade de opiniões direcionadas as próprias convicções. É importante atenuar quaisquer preconceitos, inverter o conceito da ética e do direito, para quem sabe podermos nos libertar desse grande defeito que é abusar e insistir nos nossos próprios conceitos, pois, a democracia é um direito e dever estar para todos sem distinção ou preconceito.



Robson Elias

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