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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

UEPB inaugura campus dentro do presídio do Serrotão, em CG

Um projeto pioneiro no Brasil em breve acontecerá em Campina Grande, com o intuito de ressocializar presidiários através da educação. A iniciativa é da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que inaugura hoje o primeiro campus universitário dentro de uma penitenciária, no caso, o Presídio do Serrotão. O Campus Avançado teve um investimento de R$ 1,5 milhão e deverá oferecer inicialmente os cursos de Letras, História e Matemática. A inauguração do local será realizada hoje, a partir das 9h.

No Presídio do Serrotão estão 609 homens e cerca de 90% deles possuem apenas o Ensino Fundamental. Segundo o diretor da unidade penitenciária, Manoel Eudes Ozório, para muitos, o processo será transformador. “A maioria deles não tem muita expectativa quando sai daqui e eles esperam encontrar na educação uma oportunidade de conquistar um espaço na sociedade”, disse. No complexo, instalado no presídio masculino, foram construídas oito salas de aula, biblioteca, sala de informática e uma fábrica de pré-moldados.

Um antigo galpão onde funcionava uma escola de forma improvisada foi reconstruído. Lá, serão oferecidas desde aulas de alfabetização e cursos profissionalizantes até curso superior para os detentos. “Os equipamentos já estão funcionando de forma parcial, com três salas com aulas de alfabetização e Ensino Fundamental I e através de serviços realizados pelo escritório modelo, que agiliza os processos dos detentos”, informou. Ele também disse que estes projetos contam com a participação de 40 presos, mas que no próximo ano a expectativa é dobrar o número de alunos, incluindo também o Ensino Médio dentro do presídio.

De acordo com a reitora da UEPB, deverão ser implantados futuramente os cursos de Letras, História e Matemática, com vagas que ainda serão definidas pelo Conselho Universitário (Consuni) e pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). “A UEPB cumpre o seu papel de instituição voltada para a cidadania. É preciso educar e reintegrar os detentos na sociedade”, contou Marlene Alves. Ela informou que os cursos serão implantados de acordo com as necessidades iniciais do presídio.

“O campus será diferenciado dos demais porque a realidade é diferente. Terá um vestibular especial e funcionará mesmo com um número mínimo de pessoas, ou seja, se houver apenas dez presidiários com Ensino Médio, os cursos de graduação funcionarão da mesma forma”, afirmou a reitora, explicando que os detentos que forem soltos antes de se formar poderão continuar seus estudos na universidade. O diretor do Serrotão também complementou informando que os próprios agentes penitenciários poderão participar de cursos de aperfeiçoamento dentro da unidade prisional.


Com Isabela Alencar/JP

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